quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Teatro Dona Canô.

Neste mês de setembro o Teatro Dona Canô, um dos principais espaços culturais do Recôncavo, comemora 10 anos com uma programação diversificada e uma homenagem ao centenário de nascimento de um santamarense ilustre: Assis Valente. Nesta primeira década de funcionamenaro – data de fundação do Teatro - será destinada a esta dupla comemoração: festejar o aniversário do Teatro Dona Canô e o talento do saudoso compositor. A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, em parceria com a Secretaria Cultura de Santo Amaro, promoverá um show com releituras de composições de Assis Valente, com apresentações de artistas locais e convidados.


Sob a direção artística de J. Veloso, o show contará com a presença de manifestações culturais e artistas santamarenses, tais como os músicos Ulisses Castro, Márcio Valverde, Lívia Millena, Eduardo Chaves e Marcel Fiúza, Stela Maris. Também está confirmada a presença de artistas nacionalmente reconhecidos como Margareth Menezes, Juliana Ribeiro e Roberto Mendes, além do próprio Jota Veloso e de Moreno Veloso.


Além do show, os 10 anos do teatro contam com uma programação variada que se estende de 11 a 18 de setembro e inclui exibição de filmes infantis, apresentações de teatro, dança e música. A abertura e o encerramento das comemorações serão de forma tradicional, com apresentação que valorizam a cultura local. No dia 11 de setembro, às 15h acontece será realizado um Encontro de Filarmônicas de Santo Amaro: Filhos de Apolo, Lira dos Artistas e 19 de Março de Acupe. Os festejos se encerram no dia 18, às 17h, com a apresentação da Folia de Reis dos grupos Asa Filho e o Reisado de São Vicente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Crítica de Teatro: Emilinha e Marlene

As atrizes Vanessa Gerbelli e Solange Badin são as protagonistas do musical 'Emilinha e Marlene', no Teatro Maison de France
As atrizes Vanessa Gerbelli e Solange Badin são as protagonistas do musical 'Emilinha e Marlene', no Teatro Maison de France


A consolidação do musical como um dos gêneros preferidos do público carioca nos últimos anos ampliou muito a oferta de espetáculos desse tipo no mercado de produção de teatro da cidade. Mais recentemente, o musical baseado em biografias ou em trajetórias individuais de conhecidos cantores e compositores vem subindo com frequência aos palcos e se destacando como um grande filão.  Isso, contudo, não significa que esse subgênero produza montagens muito semelhantes entre si ou que siga rigorosamente uma determinada cartilha. Ele apresenta tendências dominantes, como o esforço de fazer uso dramatúrgico de canções já conhecidas, integrando-as a um material criativo novo, na tentativa de atingir a memória emocional da platéia.  Esse é, em parte, o caso de Emilinha e Marlene, espetáculo que vem, desde o início de sua temporada, atraindo bom público ao Teatro Maison de France ao mostrar o percurso artístico de figuras emblemáticas da chamada era de ouro do rádio brasileiro: Emilinha Borba e Marlene, cantoras que traziam multidões às ruas e às portas da Rádio Nacional, onde se projetaram como grandes intérpretes, principalmente no período entre 1940 e 1950.
Partindo de uma situação um tanto artificial em termos de dramaturgia: irmãs que sempre se dividiram no amor e na admiração às duas cantoras recordam-se de seus tempos de juventude e da trajetória de sucesso empreendida pelas duas grandes personalidades do rádio, o texto de Thereza Falcão e Júlio Fischer se estrutura sobre o flashback, que atualiza e narra de maneira linear o desenvolvimento das carreiras de Emilinha e Marlene, abrindo espaço para a inserção das canções de sucesso da época, tão aguardadas pela platéia.  Temos aí a escolha de um tipo de estrutura que privilegia a abordagem das personagens a partir de sua relação com um painel histórico maior, sem que se busque um aprofundamento psicológico.  O que aparece em cena, na maior parte do espetáculo, é o desenho das artistas traçado dentro de uma lógica exterior, como se fosse o resultado da observação pura e simples das figuras públicas e não das mulheres por trás das cantoras.  O diálogo entre as irmãs, por conseguinte, apenas costura os acontecimentos, tornando-se por vezes muito narrativo/descritivo, o que acaba por resultar um peso para o espetáculo como um todo.
A direção de Antônio de Bonis opta por trabalhar com um cenário muito simples, formado por alguns baús, fotos e cadeiras, privilegiando, principalmente, a funcionalidade do espaço para que se facilite a realização dos números musicais, que, em geral, alcançam bom nível e acabam se transformando na razão de ser da peça, ainda que se tornem excessivos.   Os figurinos, apesar de um tanto exagerados em determinados momentos, buscam  reproduzir com alguma fidelidade as roupas usadas pelas cantoras em seus shows. A atuação da principal dupla de atrizes, Vanessa Gerbelli e Solange Badin, é o que de melhor o espetáculo apresenta, pois ambas realizam bem a tarefa de reviver Emilinha e Marlene, conseguindo criar personagens que estabelecem empatia imediata com o público. A iluminação também contribui de maneira positiva para a peça, pois separa com propriedade os diferentes universos temporais e espaciais.
Emilinha e Marlene parece ser uma montagem concebida para agradar a um determinado tipo de platéia: aquela que se lembra com saudade da era de ouro do rádio brasileiro.  E esse objetivo é bem alcançado.  No entanto, para aqueles que não acompanharam esse período da vida musical brasileira, fica faltando uma dramaticidade mais pungente.

Um pouco de Humor.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Bienal do Livro é uma das dicas culturais desta semana, no RJ.

Começa nesta quinta-feira (1º) a 15ª edição da Bienal do Livro no Riocentro, na Zona Oeste do Rio. Os portões serão abertos ao público a partir do meio-dia e às 15h acontece a abertura oficial do evento com a presença da presidente Dilma Roussef. Confira abaixo as dicas culturais do RJTV.
Mais de 640 mil pessoas são esperadas pelos organizadores do evento. Um dos destaques da Bienal este ano é a escritora americana Anne Rice, autora de romances como o best seller "Entrevista com Vampiro" (adaptado para o cinema com Tom Cruise e Brad Pitt). Já a lista de escritores brasileiros inclui nomes como Ferreira Gullar, Luís Fernando Veríssimo, Ruy Castro e Laurentino Gomes. 
O valor da entrada é de R$ 12. Estudantes e idosos (maiores de 60 anos) pagam meia. Professores, profissionais do livro e bibliotecários têm acesso gratuito ao evento (basta se cadastrar no site da Bienal e levar documento de identificação e comprovante de profissão para o Riocentro).
Veja outras dicas:
Quem gosta de música sertaneja pode aproveitar nesta quinta-feira (1º) o show da dupla Victor e Léo, no Citibank Hall, na Barra da Tijuca. A apresentação começa às 21h30 e a classificação é 15 anos.

Outra opção de diversão para os cariocas é o espetáculo "Qualquer coisa a gente muda" do Projeto Entrando Dança. O evento acontece na sexta-feira (2) às 19h30 no Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande, na Zona Oeste. A entrada custa apenas R$ 4.
Nos dias 16, 17, 23 e 24 de setembro, o espetáculo infantil ‘Entrelace’, da Companhia Andrea Elias, estará em cartaz por R$ 4 no Teatro Xirê, em Marechal Hermes. A classificação é livre.
Nos dias 25 e 26 de novembro, entra em cartaz o espetáculo "HumAnimal" (infantil), do Circo Silva. A apresentação é no Teatro Mário Lago, na Vila Kennedy. A entrada é gratuita e o espetáculo tem 40 minutos de duração. A classificação é livre.
O espetáculo "ID: Entidades" entra em cartaz nos dias 2 e 3 de dezembro, também no Teatro Mário Lago.
 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cosquinha nas Cócegas


Cosquinha fala das relações criadas nos dias de hoje, da família moderna onde cada vez mais os pais se separam e casam de novo tendo filhos de diferentes pais. Qual o papel da criança no meio desta nova família.? Como se sente uma criança tendo que conviver com outra na mesma casa ,ás vezes no mesmo quarto como se fossem irmãs? Qual é o nome dado a crianças filhos de pai e mães distintos e que são obrigadas a viver como uma família? Cosquinha também trata da relação das crianças com o mundo adulto. Qual o sonho de toda criança? Poder passar um dia em casa, sem os pais e fazer tudo que ela quiser. Luísa e Amanda não são amigas, nem irmãs. São filhas uma de uma mãe , outra de um pai que se casaram novamente .Durante um fim de semana (de 15 em 15 dias) são obrigadas a morar na mesma casa e dividir o quarto como irmãs. Elas são completamente diferentes. Amanda é o estilo princesinha. Meio tímida, mimada e com muitos medos. Luísa por sua vez é expansiva, tem um jeito moleque, engraçado e sempre acaba convencendo Amanda a participar das sua brincadeiras criativas.
Amanda está passando o dia na casa de Luísa e a estória começa quando a mãe de Luisa e o pai de Amanda depois de fazerem compras, esquecem no carro a sacola com as carnes. Confiando nas meninas, eles dizem que vão descer e voltam em cinco minutinhos . O que significa "cinco minutinhos" na cabeça das crianças... o infinito. O tempo suficiente para elas realizarem todos os seu sonhos, como por exemplo, mexer no armário da mãe, usar suas roupas, maquiagens, sapatos. Mexerem na geladeira, comerem o que quiserem e conversar os assuntos mais íntimos, que muitas vezes as crianças não falam na frente dos adultos. Elas subvertem as leis, e os valores ensinados pelo pai e ao mesmo tempo questionam e se aprofundam nesta nova relação de amigas -irmãs. Cosquinha fala do papel da crianças no mundo contemporâneo com mundo humor e sutileza assim como na peça mãe, Cócegas.
Vejam um pouco do trabalho das duas: